É muito fácil embarcar no discurso da "zelite", que ficam apurrinhando nossa cabeça com o fim da CPMF que, pra mim e pra muita gente, é o único imposto que não tem jeito de sonegar. Por isso é tão combatido pelos "liberais", grandes empresários e outras raças de financiadores de campanha do PSDB e dos "Demos".
É sempre o mesmo povo, o que criou o "Cansei" (e não conseguiu nos fazer embarcar nessa), cujo mentor pede para que sonegação de impostos não seja considerada crime, que bastaria o cara pagar o que deve e pronto. Fácil a vida deles, né?
O PSDB então, coitado (coitado?), fica entre a cruz e a espada. Tem que governar Minas e Sâo Paulo, e sonhar em governar o país com esses R$ 40 bi da CPMF, mas tem que prestar contas aos seus financiadores, que não querem pagar esse imposto "insonegável". Pra que brigar pra reduzir outras alíquotas? Essas eles não pagam mesmo... só nós, pequenos empresários e classe média, pagamos esse monte de impostos, e só nós temos o direito de pedir um alívio nessa carga. Eles não. Choram de barriga (muito) cheia.
No texto abaixo, copiado do Blog do Josias, Dr. Adib Jatene, criador da CPMF, esclarece os motivos pelos quais defende a permanência do imposto, mesmo não participando do governo atual.
Dr. Jatene, que foi enganado por FHC quando este lhe prometeu que o dinheiro da CPMF iria pra saúde (o que o levou a deixar o Ministério da Saúde na época), esteve presente num desses jantares de empresários, onde se reúne a nata da reclamação de carga tributária, mas também a nata da sonegação de impostos no país.
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“Dedo em riste, falando alto, o cardiologista Adib Jatene, ‘pai’ da CPMF e um dos maiores defensores da contribuição, diz a Paulo Skaf, presidente da Fiesp e que defende o fim do imposto: ‘No dia em que a riqueza e a herança forem taxadas, nós concordamos com o fim da CPMF. Enquanto vocês não toparem, não concordamos. Os ricos não pagam imposto e por isso o Brasil é tão desigual. Têm que pagar! Os ricos têm que pagar para distribuir renda’.
Numa das rodas formadas no jantar beneficente para arrecadar fundos para o Incor, no restaurante A Figueira Rubaiyat, Skaf, cercado por médicos e políticos do PT que apóiam o imposto do cheque, tenta rebater: ‘Mas, doutor Jatene, a carga no Brasil é muito alta!’. E Jatene: ‘Não é, não! É baixa. Têm que pagar mais’. Skaf continua: ‘A CPMF foi criada para financiar a saúde e o governo tirou o dinheiro da saúde. O senhor não se sente enganado?’. E Jatene: ‘Eu, não! Por que vocês não combatem a Cofins (contribuição para financiamento da seguridade social), que tem alíquota de 9% e arrecada R$ 100 bilhões? A CPMF tem alíquota de 0,38% e arrecada só R$ 30 bilhões’. Skaf diz: ‘A Cofins não está em pauta. O que está em discussão é a CPMF’. ‘É que a CPMF não dá para sonegar!’, diz Jatene.
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