8.3.12

Dia Internacional da Mulher - singelas homenagens

Mais que celebrar, é dia de recarregar baterias pra continuar a luta, porque falta muito. Mulher ainda sofre muita violência, tem menos oportunidades de trabalho, ganha menos que o homem, dentre outras coisas.

Não é, definitivamente, dia de soltar os tradicionais 'parabéns por ser mãe', 'por ser delicada', 'pela doçura', 'pela beleza e alegria'. Não, definitivamente não, isso é machismo, tô fora. Sobre isso a Cynthia Semiramis fala com autoridade, vale a pena lerem aqui

Mas queria deixar aqui algumas homenagens:

À mulher que, em épocas muito mais opressoras que as atuais, já se permitia sair do convencional. Além da mal-remunerada profissão de professora (para muitas, o máximo que uma esposa poderia alcançar na sociedade machista de então), sempre foi a gestora da casa, da carreira dos filhos e que criou seus próprios empreendimentos, mantendo-se na ativa, sempre cheia de ideias, sempre buscando novos desafios. Às mulheres como Dôra, minha mãe.

À mulher que ousa sair do 'caminho natural', que estuda, escolhe um curso, muda de ideia, tenta outro caminho, não gosta, tenta mais um e acha sua vocação - como Engenharia, mais um setor onde, na minha época, praticamente só havia homens, e agora elas ocupam - contra as vozes tradicionais que preferiam que se acomodasse. À mulher que, caçula e sob a desconfiança natural de uma família religiosa, escolhe namorar e se casar com um homem divorciado e já com dois filhos. Enfim, à mulher que tem coragem pra buscar seu caminho com ousadia e inteligência, mulher que é o oposto do 'sexo frágil'. Às mulheres como Bia, minha esposa.

Às mulheres que vão ocupando o espaço dos homens nas empresas, que utilizam as diferenças entre homens e mulheres (que existem, e é estupidez fingir que são iguais) a seu favor, que desempenham com louvor o seu trabalho, tornando-se protagonistas de uma empresa em uma área - TI- onde há pouco tempo só havia homens. Às mulheres como minhas colegas de trabalho da Task.

Às mulheres que simbolizam, cada uma no seu setor, a luta e a ocupação de espaços e cargos até então impensáveis. Mulheres que suportam a dor e o preconceito, e que vencem em um universo quase que unicamente masculino. E que não sobem sozinhas, levando consigo a bandeira da luta pela igualdade de oportunidades, abrindo espaços - no discurso e na prática cotidiana - para as outras mulheres. Às mulheres como nossa presidenta Dilma Rousseff!

2.3.12

Uma coletânea de pérolas de José Serra, 'o mais preparado'

Não tem jeito. Depois da pérola de ontem, quando José Serra, o eterno candidato, o 'mais preparado para governar', segundo Veja, Folha e Globo, disse em entrevista ao Boris Casoy (Serra é o único pré-candidato a alguma coisa que dá entrevista a todos os jornais e TVs) que o Brasil se chama 'Estados Unidos do Brasil', tive que fazer uma coletânea das suas pérolas.

Vejam, morram de rir e desconfiem quando lerem ou virem por aí que ele é um 'gestor competente':


O resto da coleção de pérolas dessa besta está abaixo:

2009: Serra, 'o melhor ministro da Saúde' segundo o PSDB, dá a receita para combater a gripe suína: "a doença é transmitida dos "porquinhos para as pessoas só quando eles espirram". "Portanto, uma providência elementar é não ficar perto de porquinho algum", aconselha". Veja o vídeo:



Serra ensina porcentagem a crianças em escola: "170 / 37 dá 'mais ou menos' 48". Veja:



2004: Serra promete na TV (e registra em cartório!) não abandonar a prefeitura de São Paulo, caso fosse eleito. Foi eleito e abandonou pra ser governador (o que fará novamente, para tentar ser presidente de novo):




Aí embaixo, como nossa imprensa trata com justiça os candidatos de todos os partidos: