20.3.07

A Telemar não desiste...

Não contente em ser a pior empresa de telefonia do mundo, agora a Telemar quer ser também a pior em TV e internet a cabo. E, claro, ela quer ser a única, pois a única maneira de ser ruim e ganhar dinheiro é trabalhar sozinho no mercado.

Este parece ser o objetivo desta empresa, ao desprezar completamente o cliente, com péssimo atendimento e tarifas confusas e inexplicáveis, preferindo adquirir os concorrentes ou usar seu poder econômico e a estrutura das antigas teles que herdou pra monopolizar o mercado (a NET que o diga, tenho ouvido falar que uma bomba está pra acontecer com a prestação de serviços de TV a cabo em BH, obra, claro, da Telemar).

Como todos já sabem, a Telemar (que mudou o nome pra Oi, provavelmente pra se livrar da péssima fama) está tentando comprar a Way, prestadora - excelente - de serviços de TV a cabo e internet a cabo em Belo Horizonte. A Anatel, numa rara demonstração de independência (ou porque do lado contrário estão Telmex/Embratel e Rede Globo, defendendo a NET?), não está aceitando esta compra, porque feriria a concorrência e prejudicaria o consumidor.

Engraçado, a empresa que detém o monopólio da telefonia fixa na maior parte do Brasil, que usa a receita obscura desses 'pulsos' pra entrar e dominar outros mercados, como telefonia celular e internet banda larga, agora vem reclamar que "não a estão deixando conseguindo competir em igualdade de condições". Fala sério, Telemar.

Abaixo, a notícia que saiu ontem, 19/03, em O Globo:

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Oi vai recorrer da decisão da Anatel sobre caso Way TV
Plantão | Publicada em 19/03/2007 às 19h17m

O Globo Online
BRASÍLIA - A Oi (ex-Telemar) anunciou nesta segunda-feira que irá pedir vistas do processo e solicitará revisão da decisão da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), que vetou o direito da companhia de assumir as operações da Way TV, empresa de TV a cabo que opera em Minas Gerais.

"Além de ter entendimento da total legalidade da aquisição da Way TV, a Oi avalia que a competição do setor ficaria prejudicada, assim como os consumidores, que deixariam de ter benefícios com a expansão da cobertura de TV a cabo e de banda larga na área de atuação da Way TV", argumenta a nota da Oi, que especificou que os 800 mil domicílios assinantes da Oi em Belo Horizonte, que não tem TV a cabo, seriam beneficiados com a compra.

A empresa afirmou também que foi a única companhia a fazer a oferta (R$ 132 milhões) de compra pela operadora de TV a cabo e banda larga em leilão público realizado na Bolsa de Valores de São Paulo, em julho de 2006.

"A Oi é afetada pelo veto da Anatel, pois deixaria de competir em igualdade de condições, nesta fase, com as empresas que já têm autorização no Brasil para oferecer serviços integrados de voz, dados e vídeo, a exemplo do que ocorre em boa parte do mundo", finaliza a nota da empresa de telefonia.

A Anatel alegou que a Oi não pode comprar uma TV a cabo na sua área de atuação porque o contrato de concessão assinado com a operadora veda este tipo de negócio. Isso porque a Oi passaria a controlar duas redes físicas na mesma região, o que acarreta riscos à competição.
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