Em primeiro lugar, parabéns às mulheres que lutam por seu espaço, por direitos e condições iguais, principalmente no Brasil, onde a diferença de tratamento, remuneração, oportunidades, etc, ainda é muito menor. Mas parabéns para as que lutam, correm atrás, estudam, trabalham, não pras que até hoje estão com a cabeça de 40 anos atrás, querendo arrumar alguém pra encostar, que adoram dizer, ao lado do marido e amigos: "meu dinheiro é meu, seu dinheiro é nosso". Direitos iguais, deveres iguais.
Como diz a música: "E além disso, mulher, tem outras coisas".
Quem tem empresa sabe que é mais trabalhoso contratar uma mulher do que um homem, se ainda estiver na 'idade fértil'. Não é preconceito. Se engravidar, tem zilhões de benefícios, como licença-maternidade (que estão querendo aumentar), e estabilidade por um bom tempo depois. Ora, sabemos que tem mesmo que cuidar do filho, que amamentação é essencial, etc, mas precisa disso tudo?
A Cristina, nossa gerente na Task, conta que quando engravidou, o pessoal da empresa onde trabalhava colocou uma estrutura pra que ela pudesse cuidar do bebê sem parar de trabalhar esse tempo todo. Quantas mulheres teriam esta grandeza? Muitas mais que há 10 anos, certamente, mas muitas também iam querer simplesmente seus 'direitos'.
Vale discutir sem briga, sem preconceito. Parar de achar que o 'patrão' é um ser ganancioso que quer explorar a todos, e que por isso deve-se arrancar o máximo de benefícios possível. Isso só faz desestimular a contratação de mulheres, é óbvio.
No artigo que pode ser lido clicando aqui, a Maria Mirtes Guimarães, jornalista e leitora do blog do Noblat, fala sobre as revistas e publicações dedicadas ao público feminino. Ela diz, no fim, que isso é coisa de uma 'sociedade patriarcal', que só oferecem revistas de receita, vida sexual e fofoca pras mulheres porque todo mundo é machista.
O mercado vende o que tem gente pra comprar. Todo mundo quer ganhar dinheiro. Machista que quer vender o que a mulher moderna não compra vai quebrar. Então acho que as mulheres, antes de só reclamarem e colocarem a culpa no machismo histórico, mudar um pouco a postura. Comecem a reclamar que no salão de beleza só tem Caras, peçam pra comprar Exame ou ISTOÉ. Boicotem o Big Brother, as revistas de fofocas, e o mercado parará de tentar vendê-las a vocês.
Ela alega que "E se o filho adoece ou há problemas na escola, somos nós e não o pai quem tem que faltar ao trabalho". Isso acontece com quem não sabe dividir as responsabilidades dentro de casa, não venham colocar a culpa no governo ou na sociedade. Eu fui a TODAS as reuniões de pais do meu moleque até hoje, eu levo ao dentista, eu cancelo aula pra levar ao médico quando acontece emergência. Não aceito esta generalização.
Falar de uma novelinha de vez em quando é saudável, assim como o homem fala de futebol. Mas passar 90% do tempo falando de unha, cabelo, roupa, Big Brother, Xuxa e Ivete Sangalo passa totalmente dos limites.
ATENÇÃO! Isso não é generalização. Refiz o texto pra não ser mal-interpretado, depois de tomar uma pancada da minha Bia.
Não estou dizendo que 'mulher só fala de receita ou fofoca'. Estou dizendo que muitas falam, baseado em minha experiência pessoal. E parabenizo às que fogem à mediocridade. Assim como os homens que não falam só de futebol ou mulher. E tenho muita sorte de ter uma namorada incrivelmente inteligente (com uma mãe e duas irmãs igualmente inteligentes), com quem discuto política e todo tipo de assunto (até fofoca e futebol às vezes, mas Big Brother, Faustão e as novidades musicais da Bahia jamais!!). :-)
O lado ótimo é que existe um lado, cada vez maior, que quer se ver livre dessa marca. Saíram dados hoje do CNPq, se não me engano, mostrando que as mulheres já são maioria entre os bolsistas de mestrado, e aumentaram muito sua participação entre os de doutorado e pós-doutorado. Isso é uma belíssima conquista!
Um comentário:
Tales,
Achei o artigo da Maria Mirtes Guimarães, como já te disse, impecável. O seu, nem tanto.. Para falar verdade, odiei!! Foi o pior parabéns do dia.. Melhor seria sem ele.
Difícil achar mulheres falando sobre política e economia? Depende.. Às vezes, entre as mulheres com quem você convive, seja. Mas não admito que me inclua, nem às outras três mulheres da minha casa.. Odeio, e já disse isso mil vezes, a maneira como você generaliza as mulheres. Sabe mais? Difícil mesmo é encontrar uma rodinha de homens em que o assunto principal não seja bundas e peitos ou a trepada de ontem.. Ou o futebol da semana.. Ou vai me dizer que não? E isso é independente do grau de instrução..
Você leva os filhos ao médico e não aceita esta generalização? Que coisa, hein?! Logo você, Sr. Tales!! Não aceita, mas generaliza.. Que feio!
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