1.2.07

Tortillas e subserviência

Ouvi hoje cedo na CBN: os mexicanos estão protestando contra o aumento de 50% (ou 100%, sei lá) do preço das tortillas nos últimos 6 meses, uma comida popular, parece que é básico deles, como arroz com feijão pra gente. Bom, sou ignorante no assunto, alguém me ajude.

O que chama a atenção é a justificativa do presidente Felipe Calderón, mais um lacaio dos EUA, como tem sido o México há um bom tempo. Ele disse que não pode fazer nada, pois a demanda de milho, ingrediente básico da tortilla, pelos EUA aumentou. Ou seja, vamos alimentar os (carros dos) filhotes do Bush primeiro, se sobrar a gente come.

Isso às vezes acontece no Brasil com o álcool combustível, mas não é fundamental quanto o milho pro México. A gasolina, quando varia muito o preço do petróleo lá fora, a Petrobras segura (no governo do PSDB não segurava), isso é legal.

Será que vale a pena virar um anexo do vizinho pra garantir os trocados e ser humilhado desta forma? Os mexicanos têm razão de se revoltar. Os que votam nesse governo não. Votem direito na próxima.

Bia, linda e inteligente como sempre, posta um comentário onde a Míriam Leitão explica esse problema (ainda assim eu ficaria puto :-), vale a pena ler logo abaixo.

Um comentário:

Anônimo disse...

Lindo,

A explicação do aumento do preço das tortilhas está no Blog da Miriam Leitão.

"O aumento do preço internacional do milho, porque ele está sendo destinado também para a produção de etanol nos Estados Unidos, está causando já uma enorme encrenca no México. Desde sempre, os mexicanos têm o milho como a base da sua alimentação. De milho são feitas várias comidas mexicanas e, sobretudo, a tortilla, que é uma espécie de pão (em formato de pão árabe), só que não é feito de trigo. Qualquer comida mexicana - seja em restaurante caro ou na rua - vem acompanhada das tortillas.

(...)

Do jeito que o mundo está planejando aumentar o consumo de etanol e, pior, do jeito que os Estados Unidos consomem combustíveis, os mexicanos vão ter que se preparar para grandes altas internacionais no preço do milho, matéria-prima das tortillas e do etanol." http://oglobo.globo.com/online/economia/miriam/

Te amo!

Beijo,
Bia