Mais que celebrar, é dia de recarregar baterias pra continuar a luta, porque falta muito. Mulher ainda sofre muita violência, tem menos oportunidades de trabalho, ganha menos que o homem, dentre outras coisas.
Não é, definitivamente, dia de soltar os tradicionais 'parabéns por ser mãe', 'por ser delicada', 'pela doçura', 'pela beleza e alegria'. Não, definitivamente não, isso é machismo, tô fora. Sobre isso a Cynthia Semiramis fala com autoridade, vale a pena lerem aqui
Mas queria deixar aqui algumas homenagens:
À mulher que, em épocas muito mais opressoras que as atuais, já se permitia sair do convencional. Além da mal-remunerada profissão de professora (para muitas, o máximo que uma esposa poderia alcançar na sociedade machista de então), sempre foi a gestora da casa, da carreira dos filhos e que criou seus próprios empreendimentos, mantendo-se na ativa, sempre cheia de ideias, sempre buscando novos desafios. Às mulheres como Dôra, minha mãe.
À mulher que ousa sair do 'caminho natural', que estuda, escolhe um curso, muda de ideia, tenta outro caminho, não gosta, tenta mais um e acha sua vocação - como Engenharia, mais um setor onde, na minha época, praticamente só havia homens, e agora elas ocupam - contra as vozes tradicionais que preferiam que se acomodasse. À mulher que, caçula e sob a desconfiança natural de uma família religiosa, escolhe namorar e se casar com um homem divorciado e já com dois filhos. Enfim, à mulher que tem coragem pra buscar seu caminho com ousadia e inteligência, mulher que é o oposto do 'sexo frágil'. Às mulheres como Bia, minha esposa.
Às mulheres que vão ocupando o espaço dos homens nas empresas, que utilizam as diferenças entre homens e mulheres (que existem, e é estupidez fingir que são iguais) a seu favor, que desempenham com louvor o seu trabalho, tornando-se protagonistas de uma empresa em uma área - TI- onde há pouco tempo só havia homens. Às mulheres como minhas colegas de trabalho da Task.
Às mulheres que simbolizam, cada uma no seu setor, a luta e a ocupação de espaços e cargos até então impensáveis. Mulheres que suportam a dor e o preconceito, e que vencem em um universo quase que unicamente masculino. E que não sobem sozinhas, levando consigo a bandeira da luta pela igualdade de oportunidades, abrindo espaços - no discurso e na prática cotidiana - para as outras mulheres. Às mulheres como nossa presidenta Dilma Rousseff!
6 comentários:
"..Mulher é desdobrável. Eu sou.." Adélia Prado
Muito bom texto! Ainda melhor é o reconhecimento.
Valeu, flamenguista. :)
Maravilhoso texto! Muitíssimo obrigada.
faltou falar das maravilhosas pizzas que sua mae fazia!!!Gente finissima!
Isso e' censura? voce aprovar todos comentarios...rs
Não é censura, Miguel, tem muito robô que, se deixar, publica spam o dia todo. Pra cada comentário, um monte de spams. E também tem aqueles que usam palavrões ou expressões racistas, homofóbicas, agressivas, etc. Esses não entram.
E aí, Tales? Parou de postar???
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