A esta hora, todo mundo está dando seus palpites, dizendo que gostava, fazendo piadinha, etc. Fiquei sabendo agora há pouco, no carro, na correria social do fim de semana, junto com minha preta, lamentamos muito.
Só pra começar: Amy, junto com Clapton e Johnny Cash, são as únicas coisas 'não-rock' que escuto.
Os almoços, pirações, e pequenas farras que fazemos aqui em casa, só minha Preta e eu, são geralmente sonorizados por Amy, AC/DC, Ozzy ou Metallica.
Amy Winehouse foi nossa interseção musical - e música é uma das coisas que é definitiva no dar certo ou não de um casal: Bia, mulherzinha fofinha, e Tales, o ogro do metal. Amy nos unia, no som, na personalidade que em muito nos atraía e também em muito nos preocupava: até onde podemos ir na nossa tentativa de maluquice?
Desde que tive a ideia da Contém 1 Cérebro, há mais de 2 anos, uma das estampas (que sairá em Setembro) seria em homenagem a Amy, Cássia Eller, Cazuza, Kurt Cobain, Janis, Hendrix e tantos outros que agora são lembrados, até por clichê, quando sai a notícia da morte da 'nova diva do jazz'. A estampa vai se chamar (vamos lançá-la mesmo assim, mesmo correndo o risco - pra quem não nos conhece - de soar oportunistas) '10 anos a 1000' (by Lobão).
Nossa cachorrinha linda, a Lola, iria se chamar Amy Winehouse. Ficou Lola porque quem manda são os filhos, Artur escolheu Lola. Tá, homenagem tosca essa, botar nome em cachorro. Mas quem tem cachorro sabe que é uma coisa tão importante que sabe como vale essa homenagem.
Pois é, ficamos assim. Homenagem pública, sincera, emocionada. Mulher doidona, voz do caramba, música agradável. Não era rock na música, mas é tudo que o rock precisa e não encontra mais. Atitude de não se encaixar no perfilzinho caretão que o mundo exige hoje: comer mamão com aveia, não beber, não fumar, praticar esportes, não comer gorduras, escovar dentes, passar fio dental, o escambau. Vai fazer muita falta
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