31.10.07

Quem é ditador? E a imprensa, onde está?

Para os EUA, a ONU só tem importância se endossarem suas decisões. Quando isso não acontece, como na invasão do Iraque, e na manutenção do absurdo embargo a Cuba, finge-se que a ONU não existe.

Pior que ser ditador em seu país, é ser ditador do mundo, não respeitar o direito internacional, as organizações criadas justamente para assegurar justiça e cooperação entre os países. E se dizem a "terra da liberdade", ou "lutamos pela justiça e pela liberdade". Tenho NOJO deles!

E a imprensa, sempre, com dois pesos e duas medidas. Essa atitude dos EUA viram rodapé de página, só têm destaque na Internet, porque na Internet nós buscamos a notícia. Quem as espera sentado, como no Jornal Nacional, não vai ficar sabendo disso. Se fosse o Hugo Chávez que tomasse atitude semelhante contra uma Bolívia da vida, apareceriam os Demóstenes Torres e Fernandos Henriques Cardosos pra condenar a ditadura...

Assim como há algumas semanas, onde se noticia na coluna social que "Aécio toma água de côco na praia com a namorada, quarta à tarde". Com o Aécio, estar no Rio de Janeiro com a namorada na praia no horário de trabalho é normal. Imagina se é algum governador "petista", se não era capa de tudo quanto é lugar? Aécio pode namorar em outro estado no horário de trabalho, já uma "petista" ou alguém "ligado aos petistas" (lembram daquela diretora da ANAC - acho?) não pode fumar um charuto à noite em uma festa particular.

A imprensa tem que atuar livremente, mas tem que ter ética. Sonegar da grande massa informações tão importantes é agir contra a própria liberdade que exige para si. Denunciar absurdos e situações inaceitáveis não só legalmente como do ponto de vista da ética também está entre suas atribuições. Ou não?

ONU condena sanção a Cuba

Quase por unanimidade, A Assembléia Geral da ONU expressou uma dura condenação ao embargo imposto pelos Estados Unidos a Cuba, exigindo que o país ponha fim ao bloqueio comercial e financeiro aplicado contra a ilha há 45 anos. Uma resolução sobre o assunto recebeu 184 votos a favor e quatro contra. O apoio foi maior do que no ano passado, quando uma resolução parecida foi aprovada. Bush anunciou semana passada que manterá o embargo.

26.10.07

Quanta criatividade...

O texto abaixo, por vir de um cara inteligentíssimo como o Nelson Motta, me leva a pensar primeiro que eu entendi errado, e por isso peço a ajuda de vocês:

Acabei de ler no blog do Josias de Souza que o Nélson Motta, contrariando o que diz o filme Tropa de Elite, afirma (acredite se quiser):

"Enquanto isso, no Rio, dizem que o tráfico é a origem de todos os males que assolam a população. Parece até que se ele acabasse a cidade voltaria a ser o paraíso tropical dos anos dourados. Mas, se o "movimento" acabasse, eles não venderiam doces: seriam legiões de bandidos desempregados e armados descendo sobre a cidade indefesa. Sofia não teria pior escolha." (leia texto completo aqui)

Como assim? Então os usuários de drogas estão prestando um favor à sociedade mantendo os bandidos traficando lá em cima do morro? E que se eles pararem de consumir os bandidos vão descer e mandar bala em todo mundo, porque vão ficar 'desempregados'? E bandidagem é emprego? Muito obrigado, senhores drogados!!! Por essa eu não esperava, Batman!!!

Em tempo: a quantidade de artistas e personalidades que vieram discordar da teoria do Capitão Nascimento - de que a guerra do tráfico só acontece porque existem os playboys pra comprar a droga, com o que concordo - é impressionante, como a carapuça serviu...

Aliado aos resultados da pesquisa divulgada esta semana pela FGV, que mostra que os usuários/consumidores de drogas são da classe A - acima de 9,5 mil reais por mês (62%), brancos (85%) e homens (99%), mostra que, mais uma vez, assim como os "cansados" e Luciano Rolex Huck, estão gritando em causa própria.

24.10.07

Correção importante

Pô, ao convocar os amigos a dizerem o que estavam lendo, esqueci do poderoso Marcelo Pessoa, manda aí, cara, não fique magoado, é que eu achava que você tinha desistido do blog :-)

Abraço!

23.10.07

Tá explicado!

Está explicada a maior amarelada de todos os tempos na F1, comparável às do Vasco quando enfrenta o Flamengo. Vejam na foto abaixo (não é montagem! está em http://www.lancenet.com.br/noticias/07-10-23/180462.stm), como o Hamilton adquiriu a síndrome de vice :-) :-) :-)


18.10.07

Traduza se for capaz

"Googlando" pra saber a tradução de "margarina" para o inglês (dever de casa do meu filhotão Artur), achei esse texto totalmente interessante, com uma reflexão legal ao fim, vale a pena ler:

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Se você gosta de traduzir do português para o inglês, divirta-se com o texto abaixo

Sábado, fim de tarde, juntavam duas ou três mesas e os garçons vinham trazendo tira-gostos e cerveja, metodicamente, até que alguém pedisse a dolorosa. Eram todos sessentões, a maioria já aposentados, os outros se aposentando e cada vez mais sedentários e ociosos. Só o Aníbal não tinha parado: fazia direito, um sonho que acalentava desde a infância e só agora podia realizar. O Alcir, espírito de porco como ele só, uma vez disse que a única coisa que o Aníbal fazia direito mesmo era encher a cara. O outro não gostou e disse que ia mesmo era encher a cara do amigo. O Armando olhou para um e para outro, com as mãos espalmadas para cima, na posição de orante, que, naquele contexto específico, significava "qual é, minha gente" e ficou por isso mesmo, mas a amizade ficou meio rachada.

Naquela tarde, a conversa ziguezagueava numa selva de abobrinha e, aos poucos, foi decaindo para as abstrações éticas, como tantas vezes ocorre em conversas concretamente etílicas. Então o Jair disse "vocês vêem, por exemplo, o caso do Zé Dirceu…" O Carlos Alberto, petista roxo, que, por uma questão de princípio, jamais tinha pisado na outra calçada da Maria Antónia, olhou feio. O Armando, o rei do deixa-disso, adivinhando a procela no horizonte, interrompeu: "gente, não vamos fulanizar a questão!" O Jair acrescentou, "pô, meu, não fulanizar por quê? Os caras estão até aparelhando o Itamaraty, meu. Daqui a pouco até o cisne vai virar melancia! Tá certo isso?"

O Carlos Alberto levantou, roxo de raiva, com os punhos cerrados, pronto para as vias de fato. O Armando insistiu, “Calma, gente, não vamos nos exaltar. Não esquenta a cabeça.” O Aníbal, que não era racista mas achava que a melhor coisa do mundo era uma loira suada depois de uma branca pura, contribuiu, com voz gosmenta: "não esquenta a cabeça, que derrete o chifre." Aí foi o Jair que se viu obrigado a agir como homem. Fazia poucos anos que ele tinha trocado a pelanquenta e sensaborona Neusa pela apetitosa e espevitada Fabiane, e ficava sempre com a pulga atrás da orelha com essas coisas. Mas antes que ele partisse para a ignorância, o Armando entrou em cena de novo, com sua costumeira vaselina: "não liga, o Aníbal já tá de porre, não dá bola."

O Orlando, sempre realista, levantou o braço, para atrair a atenção de um garçom, e fez como se escrevesse alguma coisa com a mão direita sem caneta na mão esquerda sem papel. O garçom logo trouxe a conta, sem se esquecer de adicionar mais duas porções de calabresa que jamais tinham saído da cozinha.

Saíram todos amuados, como sempre, sem se despedir. O Aníbal, com a mente meio turva, foi trocando as pernas, em dúvida se parava alhures e tomava mais uma ou duas para rebater ou se ia direto para casa. Entre cila e caribde, resolveu sentar num banco de jardim, para descansar o corpo e pôr a mente em ordem. Acordou de madrugada, com gosto de cabo de guarda-chuva na boca e a bexiga estourando, mas sem a carteira, que tinha caído no chão e sido levada por alguém. "De novo!" resmungou. "Pelo menos, desta vez, deixaram o celular", filosofou, enquanto se aliviava numa árvore amiga, apoiando-se com a mão, ainda algo inseguro na sua verticalidade. Chamou um táxi do ponto perto de casa, onde tinha crédito. Ia chegar com o sol nascendo e ia ser o diabo. Paciência. Fazer o quê? Há que enfrentar a vida.

Por que escrevemos esta longa bobagem? Basicamente para testar uma tese. Uma das nossas broncas de certo tipo de crítico ou teórico é a mania de achar que a dificuldade de uma tradução é diretamente proporcional à qualidade estética do original. É nada! A crônica acima, de pífio valor literário, tem uma grande quantidade de dificuldades de tradução, talvez nem todas muito fáceis de perceber. Achamos, inclusive, difícil que alguém produza uma boa tradução, mantendo todas as alusões e jogos de palavras, em menos tempo do que os quarenta minutos que nos custou escrever e revisar o original.

Nem se trata de um texto complicado, poético. Dos termos usados, alguns poucos podem trazer dificuldade ao nativo pouco versado em política. O resto é português brasileiro coloquial.

"Maria Antónia" é uma rua em São Paulo onde fica a Universidade Presbiteriana Mackenzie e, do outro, ficava a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo (USP). em 1968, os direitistas do Mackenzie e os esquerdistas da USP se enfrentaram ali em luta armada. "Melancia" era o nome pejorativo que a direita dava aos esquerdistas, porque eram "verde-amarelos por fora, mas vermelhos por dentro". "Aparelhar" é um termo de jargão político, que significa "transformar um órgão público em ferramenta do partido". Por fim, o "cisne" é, de fato, uma referência a essa ave, que o Itamaraty tradicionalmente criava em seu prédio original no Rio e continua criando em Brasília.
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17.10.07

Salvem as livrarias = salvem a gente

Uma infeliz coincidência eu ter lido a matéria abaixo, que saiu no Globo segunda-feira, 15/10, após ter tido a mesma impressão dias antes.

Semana passada, estava pesquisando bibliografia para uma disciplina que vou lecionar em Novembro próximo. Apesar de usar a Internet para quase tudo na vida, em casos como este não dá pra fazer pela Internet, tem que pegar o livro, folhear, estudar seu conteúdo pra decidir se vai ser adotado ou não.

Fui a uma livraria perto da Task, chamada GAM, aqui na Rua Guajajaras, entre Espírito Santo e Rio de Janeiro, onde pesquisava e comprava livros durante a época do mestrado e no início da docência. Fechou. Sabia que não ia encontrar, mas mesmo assim, arrisquei ir às Leituras Megastores da vida, onde vendem livros "o que aprender com os gansos" e coisas parecidas. Nada.

Vi que alguns dos livros estavam no site da Saraiva. Só que a Saraiva tem lojas em 9 estados brasileiros, mas não em Minas...

Por fim fui à excelente Livraria do Psicólogo e do Educador, na Floresta, mas não encontrei o que procurava, até pelo fato da especialidade dela ser outra, não a culpo.

E aí? Para onde estamos andando? As lojas de CD desapareceram por causa da Internet, pode-se ouvir trechos, comprar mais barato, receber em casa, etc (sem citar a pirataria), mas livros? A culpa é da Internet? Ou nós, brasileiros (mineiros, sobretudo), não lemos?

É muito triste constatar que há relação entre a dificuldade pela qual passam as livrarias, a dificuldade que os poucos leitores de livros passam para encontrar seus livros e a queda crescente na qualidade da educação (e a história de não reprovar o coitado do aluno pra ele não ficar triste e abandonar a escola...).

Basta ver o show de horror que são os e-mails que recebemos diariamente. Achar uma pessoa que escreva corretamente numa empresa é tarefa difícil hoje. Há textos em que nós não conseguimos identificar nem que assunto a pessoa está abordando, parece outro idioma. Vejam neste site as pérolas que acham no Orkut e riam - ou chorem.

Conversando com Dona Lili, mãe da minha deusa-namorada Bia e professora da rede pública, fiquei horrorizado (ainda consigo) ao saber que, por mais que ela tente fazer os alunos lerem, usando muita inteligência e criatividade, eles simplesmente não conseguem mais ler. Parece uma capacidade que biologicamente está sendo perdida... por falta de uso. Darwin teria que rever seus estudos, essa é a INvolução da espécie.

Enquanto isso, não há um elevador, um ponto de ônibus, um escritório onde não se ache um "jornal" Super ou equivalente, com conteúdo pra lá de duvidoso.

Não sei... tá difícil. Qual a solução? Vamos colocar na conta do governo como sempre? Adianta colocar livro a R$ 10, será que as pessoas vão ler? Nunca vou me esquecer de uma amiga de infância que declarou, provocativa e confiante, já com seus 18 anos de idade: "eu não tenho coragem de dar dinheiro em um livro". Isso aconteceu há 15 anos, foi a primeira vez que percebi que tinha algo de muito errado com a geração que estava sendo formada.

Leiam a matéria abaixo e fiquem a par da situação tenebrosa do mercado de livrarias.

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A indústria das livrarias está em extinção

Das 2.600 livrarias brasileiras, 70% são de pequeno e meio portes, com um faturamento mensal entre R$ 35 mil e R$ 45 mil. Este é um dos dados que compõem o "Diagnóstico do Setor Livreiro no Brasil", em fase final de compilação, que a Associação Nacional de Livrarias (ANL) desenvolve. O ganho bruto destes estabelecimentos gira por volta de 25%, com um lucro – tudo correndo sem problemas – de 5%, ou seja, R$ 2.000,00, muito aquém do ideal. Infelizmente, percebemos que cada vez menos empresários buscam investir num negócio que exige muito trabalho, esforço pessoal e com um ganho real tão baixo.

Recente pesquisa do IBGE (Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) reforça esta nossa percepção. O Instituto anunciou que, entre os anos de 1999 e 2006, o número de municípios que possuem livrarias no país caiu 15,5%. Em 2006, elas estavam presentes em apenas 30% dos 5.564 municípios, enquanto que em 1999 este percentual era de 35,5%.

O diagnóstico da ANL localizou cerca de 2.600 livrarias em todo o território nacional — importante destacarmos que consideramos para este número as livrarias com uma média entre 10 e 15 mil livros em exposição. Deste total, 53% estão localizadas no Sudeste; 15% no Sul; 20% no Nordeste; apenas 5% no Norte; 4% no Centro-Oeste e 3% no Distrito Federal. Segundo estatísticas da ONU, o ideal para um município é uma livraria para cada 10 mil habitantes. No Brasil, um número perto do razoável seria de 4.900 livrarias. Estamos muito longe desta realidade: num estado como Rondônia, por exemplo, com 657.302 mil habitantes, temos apenas quatro livrarias; em São Paulo, detectamos 676 para 40.000.056 habitantes.

Este quadro atual do segmento livreiro acaba criando uma ‘ciranda negativa’. Menos livrarias, menos pontos de vendas para $exposição dos mais de dois mil títulos lançados mensalmente pelas editoras brasileiras, fazendo com que as editoras diminuam cada vez mais a tiragem dos livros — com exceção de poucos best-sellers — que hoje giram em torno de 1.500 a 2 mil exemplares na primeira edição. Automaticamente, o preço do livro, em escala, acaba acima do desejado, diminuindo o número de leitores. Para o segmento como um todo, que emprega por volta de 35 mil profissionais livreiros diretos, o comprometimento do Estado em leis que regulamentem o setor, sem dúvida, faz-se necessário para a sua manutenção, principalmente para as independentes.

Entre as diversas ações em debate durante a recente 17 Convenção Nacional de Livrarias, discutiu-se a consolidação de leis que venham a proteger o segmento livreiro, principalmente as de pequeno e médio portes. Projetos de lei que regulamentem a política de vendas, onde todo o setor possa atuar e trabalhar em igualdade de condições nas práticas comerciais, evitando desta forma o prejuízo de toda a cadeia livreira.

Acreditamos que, no prazo médio de dez anos, com uma atitude mais direta por parte do governo federal, podemos aumentar o número per capita de leitura por brasileiro, que hoje é de menos de dois livros por leitor, por ano, para 3,5, invertendo o caminho negativo atual. Aumentando o número de livrarias elevaria automaticamente a tiragem da edição para 4 mil exemplares por lançamento, o que levaria à diminuição do preço final do livro. Ou corremos um sério risco, muito real, de extinção das pequenas e médias livrarias independentes. Já vimos este filme, não faz muito tempo, no segmento de discografia, quando desapareceram as melhores lojas de discos e de cds especializadas e independentes do país.

Vitor Tavares é presidente da Associação Nacional de Livrarias (ANL). Este artigo foi transcreito de O Globo de 15/10/2007
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15.10.07

Teste - Vestibular para Jornalismo

Olhem que interessante e escolham a melhor alternativa para o título de uma matéria, dado o texto abaixo, retirado do jornal (?) Estado de Minas de domingo, 14/10/2007, página 12:

"O prefeito de São João del-Rei (MG), Sidney Antônio de Souza (PSDB), conhecido como Sidinho do Ferrotaco, pode sofrer processo de impeachment por causa de licitações dirigidas. Sidinho responde na Justiça por duas ações de improbidade administrativa impetradas pelo Ministério Público". Dentre outras travessuras, a prefeitura compra material de construção sem licitação no depósito do pai do prefeito...

O título mais adequado para esta matéria é:

(1) Prefeito de São João del-Rei acusado de improbidade administrativa
(2) Prefeito de São João del-Rei pode perder o cargo
(3) Prefeito de São João del-Rei responde a ações na Justiça
(4) PT de olho na prefeitura

No Estado de Minas o publicado foi o último. Lamentável. Imagina se o prefeito fosse do PT? Como seria a manchete? Mas não, é do partido do Aécio, dos donos dos jornais, rádios e TVs no Brasil, e, como é da cidade do Aécio, deve ser alguém muito chegado, alguém que a Andréa Neves não pode deixar falar mal...

Bom, é exigir demais também, uma vez que o EM nem jornal é...

11.10.07

Só espero que não seja com o dinheiro dos nossos impostos

Já me irrita ter um governador que nem mora no nosso estado (Guinness!), ter um governador que numa quarta-feira à tarde, toma água de côco com a namorada a 500 Km do escritório enquanto nós ficamos aqui trabalhando pra sustentá-lo.

Espero que ao menos o aparato de segurança que o protege nos seus affairs não seja pago com o dinheiro do contribuinte. Os seguranças devem ser pra garantir que ninguém faça perguntas sobre os R$ 110 mil que recebeu de Marcos Valério.

Tenho uma dúvida: despesas como essas do nosso governador virtual no Rio de Janeiro são lançadas como despesas de saúde, de publicidade ou pagamento a fornecedores de serviços?

E tem gente que ainda acha que isso é o melhor governador do Brasil...

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Miss Brasil e Aécio Neves: romance em Ipanema
Imagine a cena: três carros de luxo param em frente a um quiosque de Ipanema e um casal desce, cercado por seis seguranças. Pois foi o que aconteceu ontem à tarde, na altura do Jardim de Alah. Era ninguém menos do que a Miss Brasil Natália Guimarães e seu novo namorado, o governador Aécio Neves. O casal foi tomar uma água de coco.
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Hora da Corrente

A corrente passou e me pegou. Quem mandou foi Eduardo Davis.

1ª) Pegar um livro próximo (PRÓXIMO, não procure);

2ª) Abra-o na página 161;

3ª) Procurar a 5ª frase completa;

4ª) Postar essa frase em seu blog;

5ª) Não escolher a melhor frase nem o melhor livro;

6ª) Repassar para outros 5 blogs.

.........

O livro: Net Results - Web Marketing That Works - Rick E. Bruner

A frase: "A busy mailing list, on the other hand, may generate only a dozen or so messages a day"

Convoco: Só o Hagi, Vini e Kimi, não tenho nenhum outro amigo ou colega com blog além dos que o Eduardo já indicou :-)

10.10.07

Entregando o ouro

Como sabemos, os 'grão-tucanos' são figuras intelectuais, inteligentes, que sabem como ninguém governar cidades, estados e o Brasil (apesar de ainda não terem mostrado, porque só funciona no papel).

Eles são convidados a escrever artigos em jornais para mostrar seus pontos de vista e criticar as administrações que não são do PSDB. O tempo todo figuras como Paulo Renato e FHC ocupam espaços nos principais jornais do Brasil desancando o governo atual e dizendo qual seria o certo a fazer (por que não fizeram?).

Essa de hoje mostra um pedaço da verdadeira face desses caras: simplesmente o Paulo Renato, ex-ministro da educação de FHC e atual deputado federal, submete o seu artigo ao presidente do Bradesco antes de enviar ao jornal. É mole? Fica alguma dúvida sobre a quem esses tucanos realmente prestam contas?

Para aberrações como essa, a imprensa dá espaço. Para a "ficção" dessa novela nova da Globo, também (na novela, um bandido que faz plástica para mudar de identidade é associado pelo próprio autor a José Dirceu - e sua ex-mulher, Clara Becker escreveu à Globo para defendê-lo desse absurdo de analogia, independente de qualquer crítica política ou administrativa que se possa fazer á figura do ex-ministro) - leia aqui.

Para o "tucanoduto", a imprensa não dá espaço. A denúncia do procurador deve sair esta semana, Azeredo, Aécio e sua turma desapareceram do mapa e nada se fala nos jornais.

Leia o texto abaixo, tirado do Blog do Noblat, que saiu na Folha de São Paulo hoje, 10/10/07.

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Deu na Folha de S. Paulo
Deputado submete artigo a presidente de banco

O deputado federal Paulo Renato (PSDB-SP) submeteu à apreciação da presidência do banco Bradesco um texto assinado por ele e enviado anteontem à Folha para publicação. No artigo, ainda inédito, o deputado critica a intenção do governo federal de passar o Besc (Banco do Estado de Santa Catarina) para o controle do Banco do Brasil.

O texto foi enviado ao jornal por e-mail. Por engano, o corpo da mensagem trouxe uma correspondência eletrônica anterior, na qual o parlamentar escrevera ao presidente do Bradesco, Márcio Cypriano: "Em anexo, vai o artigo revisto. Procurei colocá-lo dentro dos limites do espaço da Folha. Por favor, veja se está correto e se você concorda, ou tem alguma observação. Muito obrigado, Paulo Renato Souza". Assinante da Folha leia mais aqui.
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8.10.07

As últimas do Aécio

Recebi comentário do Robert Serbinenko e um link muito interessante pra sabermos o que Aécio anda fazendo, já que ele sumiu do noticiário depois que estourou (menos em Minas) o escândalo do tucanoduto:

O texto é interessante porque ajuda a montar um pouco mais do quebra-cabeças que envolve o projeto de poder de Aécio e a imprensa de Minas Gerais, que ele comanda. E também as excelentes relações dele com a Editora Abril e Rede Globo que, em suas revistas, jornais e TVs, criam fatos favoráveis (como o suposto "choque de gestão", onde demagogicamente cortam os salários do governador e dos secretários que, ainda assim, são superiores aos do presidente e dos ministros) e escondem os desfavoráveis (como o recebimento dos R$ 110 mil de Marcos Valério, as estradas estaduais destruídas, a expulsão de jornalistas que não lambem seus sapatos).

Leia a matéria completa aqui.

Ah! Notícia que ele deixa publicar, só a de que está namorando a Miss Brasil. Legal, né? Isso sim é mérito pra ser presidente, não? Esquisito porque ele tinha simulado uma volta com a ex-mulher pra passar uma imagem 'família' pra ser candidato a presidente, e agora vem com essa... vai lá entender. De graça não é, certamente a Andréa Neves deve ter feito uma pesquisa e concluído que o povo ia gostar mais de um candidato big-brother, que pega as mulheres famosas que de um pai de família certinho...

5.10.07

"Perderam os critérios"

Vendo alguns acontecimentos políticos dos últimos 10 dias, me lembrei de um vídeo que circulou na Internet onde uma jovem, após fazer todo tipo de "travessuras" numa festa universitária, colocava a culpa na cerveja Itaipava que bebeu ("menina, perdi os critérios" - ou coisa parecida).

Depois da absolvição de Renan, parece que os critérios mudaram. Agora é tudo feito às claras, as declarações inescrupulosas são feitas sem nenhum medo da opinião pública, é um escárnio total.

O "senador-suplente-cabeludo-cheio de processos" mineiro Wellington Salgado diz que "o senador não quer sapato de couro, um chinelinho basta", referindo-se aos pedidos para votar com o governo.

Ontem, Renan substituiu os dois únicos senadores sérios do PMDB (Pedro Simon e Jarbas Vasconcelos) por dois capachos na Comissão de Constituição de Justiça, pra já matarem os vários processos contra ele em andamento em seu nascedouro, evitando mais votações e maior esforço de sua parte.

Hoje, o líder do "Cansei" (falecido ao nascer movimento patrocinado pela OAB/SP e pelo PSDB/SP) vem com essa, tirada do blog do Josias de Souza (Folha de São Paulo)

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Aproveitando a deixa, os empresários faziam campanha com Meirelles para pagar menos impostos, com o fim da CPMF. E advogados faziam campanha para que sonegação de impostos não seja mais punida com prisão. "O Estado tem outros meios de recuperar os recursos", dizia Luiz Flávio D'Urso, da OAB-SP e líder do movimento "Cansei".
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Ou seja, sonegar não é crime, se conseguirem nos pegar a gente devolve o dinheiro e fica por isso mesmo. Que tipo de moral essa gente tem pra se "cansar" da corrupção?

2.10.07

Sensacional - O sucesso de Tropa de Elite e do Capitão Nascimento

Recebi isso agora e não dá pra deixar de postar :-)

(atualizado em 04/10 com o "boneco do Capitão Nascimento", igualmente criativo e engraçado!) - Hagi, não sei se foi proposital esse vazamento do DVD antes do filme ficar pronto, o diretor disse que não foi, seria um risco muito grande fazer isso e depois ninguém ir aos cinemas... o cara tem que ter muita certeza de que vai ser um sucesso pra fazer isso, sei não...

Esse filme vai ser um estrondo, um caso de marketing pra ser estudado, o vazamento do DVD pirata antes mesmo de o filme ficar pronto aliado, claro, ao fato de o filme ser excelente fizeram com que muito mais gente ouvisse falar e quisesse assistí-lo. Já se fala em 5 milhões de espectadores, contra a previsão inicial de 1,5 milhão. Vamos ver.

Será que Aécio conseguiria subjugar o Capitão Nascimento, ou demití-lo se ele não fosse seu puxa-saco, como faz aqui em Minas? Acho que não. Aliás, pela fama do governador aqui no estado, ele ouviria a frase que o Raphael mandou no post aí abaixo: "a gente vem aqui desfazer a m* que você faz, seu m*"

Capitão Nascimento pra senador! (cliques na imagens pra ampliar e ler as frases, são muito grandes, não couberam em tamanho natural no blog)



Indignação com os indignados

Recebi esse desabafo agora, do meu amigo-concunhado (é esse mesmo o nome desse grau de parentesco? :-) Raphael Maia, que reproduzo na íntegra abaixo. Não sei se concordo totalmente ou em parte com ele, mas que a gente fica mesmo bravo com os "cansados" que usam e abusam da fama, faturando milhões com seus programetes inúteis na TV, onde dão seus dias de princesa, reformam casinhas, choram, fazem (muito) merchandising (exceção para o "Soletrando", iniciativa interessante) e que só resolvem desabafar contra os problemas do Brasil quando são pessoalmente afetados.

Aproveito para agradecer pela atenção e pelos excelentes comentários do Marcos Ferreira, seja bem-vindo e participe conosco, Marcos!

À galera que prestigia com freqüência, também os agradecimentos (Drews, Hagi e minha linda Bia), se não fossem seus comentários, eu já tinha desanimado, dá um trabalho arrumar tempo pra escrever e ninguém ler :-)

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O que esse Luciano Huck acha da vida? Roubaram o relógio do cara e ele descobriu que existe violência no Brasil? Será que ele não acompanha os telejornais da emissora que ele trabalha?

Fico indignado quando leio umas coisas dessas! Aí eu me reporto ao filme “Tropa de Elite”,. Tem que encher esses caras de porrada! Só conseguem enxergar o próprio umbigo. De vez em quando fazem uma caridade só para aparecer no jornal...

Dizem que é o maior cheirador, junto com outro que não posso dizer o nome... Quem financia o tráfico é igual a traficante, já dizia o Capitão Nascimento...

Se vc quiser me ceder um espaço no seu blog, ta aí meu desabafo.

Abraço,

Raphael

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LUCIANO HUCK foi assassinado. Manchete do "Jornal Nacional" de ontem. E eu, algumas páginas à frente neste diário, provavelmente no caderno policial. E, quem sabe, uma homenagem póstuma no caderno de cultura.

Não veria meu segundo filho. Deixaria órfã uma inocente criança. Uma jovem viúva. Uma família destroçada. Uma multidão bastante triste. Um governador envergonhado. Um presidente em silêncio.

Por quê? Por causa de um relógio.

Como brasileiro, tenho até pena dos dois pobres coitados montados naquela moto com um par de capacetes velhos e um 38 bem carregado.

Provavelmente não tiveram infância e educação, muito menos oportunidades. O que não justifica ficar tentando matar as pessoas em plena luz do dia. O lugar deles é na cadeia.

Agora, como cidadão paulistano, fico revoltado. Juro que pago todos os meus impostos, uma fortuna. E, como resultado, depois do cafezinho, em vez de balas de caramelo, quase recebo balas de chumbo na testa.

Adoro São Paulo. É a minha cidade. Nasci aqui. As minhas raízes estão aqui. Defendo esta cidade. Mas a situação está ficando indefensável.

Passei um dia na cidade nesta semana -moro no Rio por motivos profissionais- e três assaltos passaram por mim. Meu irmão, uma funcionária e eu. Foi-se um relógio que acabara de ganhar da minha esposa em comemoração ao meu aniversário. Todos nos Jardins, com assaltantes armados, de motos e revólveres.

Onde está a polícia? Onde está a "Elite da Tropa"? Quem sabe até a "Tropa de Elite"! Chamem o comandante Nascimento! Está na hora de discutirmos segurança pública de verdade. Tenho certeza de que esse tipo de assalto ao transeunte, ao motorista, não leva mais do que 30 dias para ser extinto. Dois ladrões a bordo de uma moto, com uma coleção de relógios e pertences alheios na mochila e um par de armas de fogo não se teletransportam da rua Renato Paes de Barros para o infinito.

Passo o dia pensando em como deixar as pessoas mais felizes e como tentar fazer este país mais bacana. TV diverte e a ONG que presido tem um trabalho sério e eficiente em sua missão. Meu prazer passa pelo bem-estar coletivo, não tenho dúvidas disso.

Confesso que já andei de carro blindado, mas aboli. Por filosofia. Concluí que não era isso que queria para a minha cidade. Não queria assumir que estávamos vivendo em Bogotá. Errei na mosca. Bogotá melhorou muito. E nós? Bem, nós estamos chafurdados na violência urbana e não vejo perspectiva de sairmos do atoleiro.

Escrevo este texto não para colocar a revolta de alguém que perdeu o rolex, mas a indignação de alguém que de alguma forma dirigiu sua vida e sua energia para ajudar a construir um cenário mais maduro, mais profissional, mais equilibrado e justo e concluir -com um 38 na testa- que o país está em diversas frentes caminhando nessa direção, mas, de outro lado, continua mergulhado em problemas quase "infantis" para uma sociedade moderna e justa.

De um lado, a pujança do Brasil. Mas, do outro, crianças sendo assassinadas a golpes de estilete na periferia, assaltos a mão armada sendo executados em série nos bairros ricos, corruptos notórios e comprovados mantendo-se no governo. Nem Bogotá é mais aqui.

Onde estão os projetos? Onde estão as políticas públicas de segurança? Onde está a polícia? Quem compra as centenas de relógios roubados? Onde vende? Não acredito que a polícia não saiba. Finge não saber.

Alguém consegue explicar um assassino condenado que passa final de semana em casa!? Qual é a lógica disso? Ou um par de "extraterrestres" fortemente armado desfilando pelos bairros nobres de São Paulo?

Estou à procura de um salvador da pátria. Pensei que poderia ser o Mano Brown, mas, no "Roda Vida" da última segunda-feira, descobri que ele não é nem quer ser o tal. Pensei no comandante Nascimento, mas descobri que, na verdade, "Tropa de Elite" é uma obra de ficção e que aquele na tela é o Wagner Moura, o Olavo da novela. Pensei no presidente, mas não sei no que ele está pensando.

Enfim, pensei, pensei, pensei. Enquanto isso, João Dória Jr. grita: "Cansei". O Lobão canta: "Peidei".

Pensando, cansado ou peidando, hoje posso dizer que sou parte das estatísticas da violência em São Paulo. E, se você ainda não tem um assalto para chamar de seu, não se preocupe: a sua hora vai chegar.

Desculpem o desabafo, mas, hoje amanheci um cidadão envergonhado de ser paulistano, um brasileiro humilhado por um calibre 38 e um homem que correu o risco de não ver os seus filhos crescerem por causa de um relógio.

Isso não está certo.
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LUCIANO HUCK, 36, apresentador de TV, comanda o programa "Caldeirão do Huck", na TV Globo. É diretor-presidente do Instituto Criar de TV, Cinema e Novas Mídias.

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A quem você está confiando a imagem da sua empresa?

Este semestre estou dando aula de "Gerência de Comunicação Mercadológica". Como de regra, o professor aprende com a disciplina e com os alunos, mais do que ensina. Isso é muito bom.

Ao falar a eles sobre a importância de se treinar e fazer os vendedores, representantes, distribuidores e agentes "vestirem a camisa" da empresa, porque, afinal de contas, são eles que representam a organização junto aos clientes, comecei a reparar nos efeitos negativos sobre as empresas que não se tocaram ainda sobre a importância desse aspecto.

Empresas como Telemar e Embratel/Claro, que terceirizam suas operações comerciais pra clientes menores através de agentes autorizados fazem um péssimo negócio. Aqui na Task recebo freqüentemente "agentes" Telemar/Oi e Embratel/Claro que não têm noção nenhuma do que estão vendendo. Um dia tive que dizer a um cara da Embratel/Claro pra voltar pro escritório, estudar um pouco e depois me procurar. É a imagem da empresa que fica manchada, ninguém vai se lembrar que o cara é da XYZ Telecom, Agente Autorizado.

Hoje, aqui no mural de recados do edifício onde está a Task, vi essa aberração: um "anúncio" de um corretor do Unicard-Unibanco convidando as pessoas a aderirem a uma dessas correntes que abomino, não sei quem acredita que vá ganhar dinheiro com isso, além do cara que as inventa. Mudaram o nome pra "marketing multinível", mas é a boa (boa?) e velha corrente, onde o primeiro ganha muito e os manés que vêm a seguir não ganham nada.

Aliás, por que será que toda picaretagem leva o nome de "inteligente" ou "marketing" pra passar credibilidade? É o "marketing pessoal", o "marketing multinível", a "inteligência emocional". Bom, mas o assunto não é esse.

Reparem, apesar da foto mal tirada (celular) o erro horroroso de ortografia no texto do sujeito ("Mais isto é só um exemplo"). Parece propaganda do Seu Crêisson ou das Organizações Tabajara, além da ortografia. Quem é que vai adquirir um produto, que por si só já parece uma furada, de um analfabeto desses? Só outro analfabeto como ele.