Aécio Chuck Norris e sua taxa de incêndio

Passados 51 dias da reeleição esmagadora do Aécio-produto-da-mídia-Neves, somos premiados com a taxa de incêndio, uma aberração de imposto que ele tentou nos empurrar goela abaixo em 2004, foi suspensa e agora recebemos de Papai Noel as 3 cobranças, de 2004, 2005 e 2006, com as devidas multas e juros. Uma salinha de 26 metros quadrados aqui no prédio da Task vai pagar aproximadamente R$ 850,00 nesta brincadeira. Aqui tem umas 300 salas. Conta fácil, mais de R$ 260 mil saindo só de um prédio pro governador gastar em propaganda dos seus "feitos espetaculares".

E ainda tem a cara-de-pau de colocar no verso "desde o início do Governo Aécio Neves, foram construídos 10 postos de bombeiros", que esse dinheiro é pra mandar pros bombeiros. De novo, né?

Esse cara (ele, não, ele não manda nada, só fica no Rio pegando mulher, quem manda é a irmã) cala a mídia que se posiciona de maneira crítica, liga pros donos de jornais e TV pra demitir as pessoas que não se derretem em elogios ao seu "choque de gestão" e coisas parecidas - lembram do Kajuru, que foi demitido depois de denunciar a farra que foi o jogo das eliminatórias entre Brasil e Argentina, quando os deficientes físicos viram sua entrada preferencial tomada pelos "convidados" do governador, dentre outras aberrações?

José Dirceu queria ser o Golbery (pra quem não conhece, o "homem dos bastidores" da ditadura, tido como o cara mais poderoso do Brasil, o que realmente planejava tudo). Não conseguiu. Andréa Neves conseguiu. Pra que cooptar políticos, como o PT tentou, se você pode cooptar a imprensa, e daí fazer o que quiser sem que nada venha a público? Mais eficiente, né?



Vale a pena ver o vídeo-documentário “Liberdade, essa palavra”, feito como projeto final de curso de jornalismo, na UFMG, por Marcelo Baêta, e apresentado no dia 28 de junho de 2006. O nome do vídeo vem de um verso de Cecília Meireles: “Liberdade, essa palavra/que o sonho humano alimenta/que não há ninguém que explique/e ninguém que não entenda”. Clique aqui para ver a página do documentário ou no "Play" acima e veja como a família Neves age para cercear a liberdade de imprensa (não somos nós que nos gabamos de dizer que Minas é a terra da liberdade? Está até em nossa bandeira) no nosso estado.

E tem gente que enche a boca pra falar desse Aécio, como se fosse um patrimônio de Minas (coisas do tipo "vou votar no Lula só pra não dar poder pra esse Alckmin, e o nosso próximo presidente ser o Aécio"). Minas tem dessas coisas, de se achar permanentemente em guerra contra "os cariocas e paulistas" e valorizar qualquer coisa (e Aécio é qualquer coisa mesmo) que tenha a oportunidade de aparecer mais que eles.

Pode-se enganar todo mundo durante algum tempo, algumas pessoas o tempo todo, mas ess e cara não vai enganar todo mundo durante todo o tempo. Já passou da hora de alguém denunciar de verdade esses desmandos. Um estado sem oposição, com todo mundo, incluindo imprensa, submetido a um pensamento único.

Estamos de volta ao coronelismo, esta prática perversa, que finalmente começou a desaparecer no Norte e Nordeste, e que vai sendo ressuscitada justamente aqui no nosso estado? Ou, pior que as oligarquias no Norte/Nordeste, onde famílias se revezam eternamente no poder, puxando pelo português de infância, se oligo = poucos, mono = um só, aqui estamos rumo a uma monarquia. Viva o Rei Aécio? Não com meu voto, não sem meu protesto.